Saturday, December 30, 2017

MY FRIENDS PICK - TOP 10 JAZZ CD's - 2017

By Claudio Botelho

MINHAS ESCOLHAS PARA 2017
Perdi a pretensão de listar os “melhores do ano”. Agora, vou me referir as “minhas escolhas”, pois, conforme fui vendo as diferentes listas dos experts internacionais, vi que estas nada têm em comum com meus julgamentos. Embora, nas tais listas, existam muitas obras que desconheço, outras há que são do meu domínio e que, pelo visto, passaram longe da consideração deles, mesmo sendo, em alguns casos, obras capitais para mim e, portanto, dignas de integrar a minha lista.
Cito, também, a votação da DB dos críticos e leitores que, da mesma forma, discrepam em muito do meu gosto musical. Cito um exemplo: não consigo entender o jazz do cantor Gregory Porter e, muito menos, considero-o a melhor coisa da espécie que se fez neste ano! A meu juízo, não passa de um cantor pop, bem pop mesmo. Não consegui ver nenhum jazz no seu trabalho, embora ele se cerque de músicos verdadeiramente jazzistas. Essa “contaminação”, no entanto, não ocorre por osmose ou mesmo por qualquer outro processo conhecido...
Outra obra que está no topo de várias listas é “Upward Spiral” do quarteto de Brandford Marsalis. Comprei o CD e não dei conta de ouvi-lo por completo. Não passei da terceira faixa. Fico até pensando se não fui um tanto precipitado, coisa que, ultimamente, vem se tornado mais comum me acontecer...
Bem, feitas essas considerações, estabelecida a minha ignorância jazzística, vamos aos fatos:

01- AHMAD JAMAL – MARSEILLE. Dizer o que? Aos 86 anos, continua me encantando. A fluência de antigamente não existe mais. A idade não permite. No entanto, ela foi trocada (talvez com vantagens…) por um toque absolutamente seguro e afinado, no qual se tem, agora, um valendo por dois. O jogo com os espaços, a grandiloquência e os grandes contrastes continuam incólumes. Aqui, a percussão se apresenta na medida exata do que deve ser: nem mais nem menos, precisa e, principalmente, eficiente. Lamento pelos que não gostam dela (Júnior tem ânsias de vômito em sua presença...). Perdem uns 20% do prazer que esse CD pode proporcionar. Gravação impecável. A melhor do ano. Aliás, nesse departamento, AJ não gosta de relaxar. O melhor do ano para mim? Advinhem...
02- KEN SCHAPHORST BIG BAND – HOW TO SAY GOODBYE. Trabalho de jazzificação excepcional de alguém que, em minha desabalizadíssima opinião, poderá ser o melhor arranjador dos arranjadores mais conhecidos em atividade. Predominam suas próprias composições que, apesar de desconhecidas, deixam muito bem entrever aquilo que de instantaneidade existe em cada song. Para completar, tem a presença de um tenorista muuiiito inspirado. Um perfeito regalo para os amantes de obra desse tipo. Recomendado para o dr. Márcio Távora, em especial.
03- ALEX TOUMARILA – KINGDOM. Um verdadeiro tour-de-force, como diria o dr. Roberto Barroso. Composições próprias, bem engendradas e de personalidade. Trio afiadíssimo e gravação excelentíssima. Muita dinâmica, com amplo espectro sonoro. Esse rapaz sabe o que faz e o que quer. A obra tem um clima bem otimista. Para ser apreciada em momentos de mais euforia. No dia 31.12, por exemplo.
04- EIVIND AUSTAD TRIO – MOVING. É tudo como o acima, exceto que aqui, existe um clima mais intimista. A diferença é, basicamente, essa. É como se, neste caso, tivéssemos lidando com músicos mais seasoned, com mais bagagem, esta em substituição ao ímpeto mais juvenil do anterior. Gravação igualmente muito boa, mas dotada de menos sparkle.
05- YAMANDU COSTA – MAFUÁ. Foi aqui que pude, finalmente, me convencer 100% da genialidade deste músico. Temos uma guitarra-solo que mais parece uma orquestra. O que ele consegue em ocupar TODOS OS ESPAÇOS não é brincadeira! Quase todas as composições são próprias, cada qual dotada de um clima próprio, o que as torna bem distintas entre si. Vou além: eu diria que, do ponto de vista do atingimento de seu objetivo, considerando tratar-se de um solo de guitarra (que, afinal, não é um Steinway de nove pés...), é o primeira desta lista.
06- DADO MORONI, EDDIE GOMEZ, JOE LABARBERA – KIND OF BILL. De início, me aborreceu a qualidade da gravação (inaceitável para os dias atuais). O CD se apresenta um pouco empanado, o que, sem dúvida, lhe subtrai impacto. Essa condição atrapalhou bastante minha impressão inicial, contribuindo, também, para que eu lhe pespegasse um clima de déjà-vu. Mas é isso mesmo. A proposta do trabalho é homenagear BE, procurando, o mais possível, se aproximar das performances originais. Moroni tem uma personalidade camaleônica e consegue emular quase qualquer um. Aqui, em certa medida, conseguiu, até mesmo por contar com dois músicos que tocaram com o homenageado (me parece que em momentos diferentes, né não, Júnior?). Alguém vai achar que é uma imitação mal sucedida e que, por ser imitação, não tem valor? Pode até ser. O piano original seguramente tem mais élan. Mais aqui temos um músico competente que se cercou de dois excelentes partners que se desdobraram. Para mim, em particular, Gomez SOBRA na sua participação e apresenta, aqui, uma das melhores performances de sua carreira. Tive muito prazer em ver que, com mais de setenta anos, ele não perdeu o entusiasmo pelo que faz. Devo acrescer, no entanto, que o diferencial desse trabalho é a sua performance que, se não for devidamente apreciada, transformará esse trabalho em algo quase banal.
07- BILL CHARLAP TRIO – UPTOWN / DOWNTOWN. Elegância e bom gosto levados ao paroxismo. Repertório irrepreensível, trabalhado com muito refinamento. Charlap definitivamente retornou a seus melhores dias. A lamentar apenas a gravação. Não que seja ruim. Não é. Apenas lhe falta força em certos momentos. É um pouco desencorpada, por vezes...
08- GLENN ZALEVSKI – FELLOWSHIP. Pianista novo e bastante sofisticado. Na linha do Charlap. Se continuar trabalhando sério, pode se tornar um dos grandes do jazz. Muita personalidade e capacidade de produzir arranjos bastante originais e complexos. Um genuíno sangue novo na praça!
09- ORQUESTRA ATLÂNTICA. Surpresa! Pensem numa orquestra de bolso bem redondinha! Recomendadíssima para os fãs da Banda Mantiqueira, pois, neste trabalho, a meu juízo, ela se mostrou bem mais integrada do que aquela, principalmente se formos comparar com seu último lançamento – COM ALMA – que, no geral, me pareceu um tanto sem sal. A novata é mais bem ensaiada e melhor arranjada do que a outra. Ouve-se o CD sem sobressaltos e com muita facilidade. Bom equilíbrio entre seus ups e downs, o que, como soe, facilita sobremodo o trabalho de seus consumidores, pois essa alternância lhes acalma o espírito. Truque que nem sempre é utilizado, o que tem destruído trabalhos que, de outra forma, seriam muito bons. É a velha senoidal. Destaco, também, a corretíssima percussão. Bem carioca.
10- DAVID FELDMAN – HORIZONTE. Surpreendente pianista! Não sei de onde surgiu com esse nome americanalhado! Devo estar mesmo muito por fora de nossa cena musical! Trabalho com grande consistência do começo ao fim e bastante variado. Jazz na essência sem, no entanto, abandonar nossa assinatura sônica. Os que gostam de jazz mainstream se sentiriam muito bem servidos por esse CD, assim como quem curte mais a bossa nova nos moldes em que a praticamos. Junto com o trabalho do Yamandu, foi uma grande surpresa para mim.

Extra:

11- PAWEL KACZMARCZYK TRIO – SOMETHING PERSONAL. Trio polonês de grande solidez. Identifiquei, aqui e ali, influências de Brad Melhdau. Boas influências, aquelas que pontuavam o início de sua carreira, ainda não tão charleslloydianas e keihjarretianas (esticaaaaadas) como ocorre hoje em dia. Perfeita integração, garra e riqueza nos temas que apresenta. Podem marcar esse trio no caderninho...
12- CHRISTIAN McBRIDE BIG BAND – BRINGIN’ IT. Obra variada e, no geral, permeada de otimismo. Própria para ser ouvida nos momentos que antecederem a virada do ano. McBride foi outro que me surpreendeu. Costumava desconsiderar seus trabalhos, em vista de alguns que havia comprado. Achava-os muito feijão com arroz, tipo aqueles últimos trios do Ray Brown. Aliás, se parecem bastante no tocar. O mesmo zeitgeist. No entanto, nesta obra, se tem um trabalho orquestral que, ainda que bastante mainstream, é muito competente: arranjos corretíssimos, bem colocados (sem atingir, no entanto, a sofisticação de Shaphorst) e andamento sobretudo muito fluente. Existem umas três faixas que discrepam um pouco (por exemplo, a de uma composição de Djavan, na qual a cantora não foi capaz lidar com o intrincado de suas melodias), mas as demais compensam com sobra. Belo trabalho orquestral!
13- TOMAS FRAGA – INFLUENCIAS. Parece mais um músico brasileiro de primeira linha do que o argentino que ele é. Excelente compositor e ótimo guitarrista. Aqui não falta nada! CD para se ouvir de uma levada só. Este é exclusivo de quem andou pelas lojas de CD de Buenos Aires. Um tesouro local. Vi que integrou a lista do Marcílio do ano passado. Só o conheci, no entanto, em maio deste ano, quando Marcílio trouxe-o para cá.
14- FRANCISCO LO VUOLO – SEGMENT. Trio de piano onde se impõe um grande conhecimento da linguagem jazzista por parte de Lo Vuolo, um jovem pianista. Não deve nada a qualquer expoente do piano. Aqui é apresentado um repertório com Standards do jazz e outros do cancioneiro popular americano que têm sido importados pelos jazzistas ao longo do tempo. O que poderia ser mais um disco de mesmice dessas interpretações, revelou-se um desfile de interessantíssimas apresentações. São faixas longas, sem encompridamentos desnecessários, diga-se, que muito têm a dizer. Integrou a lista dos melhores do Léo do ano passado. Origem: Buenos Aires. Só para quem esteve lá...
15- ANTÔNIO ADOLFO – HYBRIDO. Magnífico departure de seus últimos trabalhos, que primavam pela chatice. Seria a magia das composições de Shorter? (Wayne, aquele...) O fato é que, com os mesmos músicos de sempre, Adolfo imprimiu outro clima, com excelentes improvisos e precisas intervenções pianísticas de sua parte. Mais uma prova de que repertório é meio caminho andado. Afinal, se a instantaneidade não vingar, pelo menos a outra metade está garantida. Mas não é o caso aqui: tudo funciona muito bem.
16- GILSON PERANZETTA – COMO VINHO- SETENTA ANOS. Esse é para agradar o Léo. Brincadeira à parte, trata-se de um disco correto, bastante clean, sem excessos, mas que não chega a empolgar. Uma mistura de clássico com jazz. Gravação boa e produção bem cuidada. Confesso que não gostei muito da qualidade da camerata carioca que o ajudou em algumas faixas. Desconfio que, sem elas, as coisas teriam corrido com mais fluidez...
17- VINCE MENDOZA - HOMECOMING. Ao transcrever minha listagem de um lugar para outro esse acabou ficando de fora. Não sei se ele está aqui mais para ser elogiado ou para ser criticado, se merece meus encômios ou críticas. O fato é que fiquei muito impressionado com o primeiro trabalho que ouvi dele (Nights on Earth). Depois, vi mais dois que não lhe chegavam aos pés. Não exibiam nem a riqueza de arranjos e, muito menos, a musicalidade exuberante do primeiro. No entanto, sabendo do potencial de Mendoza, continuei insistindo, até chegar neste. E o que existe aqui? Uma orquestra de primeiro mundo que, a meu ver, do ponto de vista de suas possibilidades orquestrais, foi subaproveitada, pois M. economizou nos arranjos. Foi como se tivesse ficado inibido. De início, apesar disso, impressiona, até porque afinação e boa qualidade de som não faltam. O grave é muito bom. Mas, a partir da terceira ou quarta faixa, a apresentação começa a cansar e o ouvinte vai, gradativamente, perdendo o interesse. A segunda faixa (uma espécie de Bolero de Ravel ou de alguma composição de Phillip Glass), apesar da austeridade de improvisação, é muito bonita e tem até a capacidade de nos transportar para uma outra dimensão. No entanto, uma andorinha só não faz verão. Saudades do Nights on Earth... (Mas não vou jogá-lo fora, não!)
É isso, amigos.


By Dr. Leandro Lage Rocha

OS MELHORES DE 2017 (CDS E DVDS):

01. SERGEY ZHILIN,S TRIO- Tchaikovsky in jazz
02. EDU LOBO,ROMERO LUBAMBO E MAURO SENISE- Dos Navegantes
03. MANUEL FRAGA E TRIO- Querido Bill: Tributo a Bill Evans
04. HAMILTON DE HOLANDA QUINTETO- Casa de Bituca: Música de Milton Nascimento
05. FRANCISCO LO VUOLO- In Walked Francis
06. JOÃO BOSCO- Mano Que Zuera
07. CHICO BUARQUE DE HOLLANDA- Caravanas
08. AHMAD JAMAL- Marseille
09. QUARTETO DO RIO & ROBERTO MENESCAL- Mr. Bossa Nova
10. TOMÁS FRAGA- Influencias
11. EM CASA COM LUIZ EÇA- VÁRIOS
12. AMARO FREITAS- Sangue negro
13. ADRIAN IAIES- Small Hours, Late At Night
14. ANTONIO ADOLFO- Hybrido
15. GUSTAVO MUSSO & FRANCISCO LO VUOLO- Back In Town
16. DAVID FELDMAN- Horizonte
17. AYRTON MONTARROYOS
*Menção honrosa ao DVD de CESAR CAMARGO MARIANO-Joyned


By Dr. Marcilio Adjafre


Melhores CD 2017:

1- Alessio Busanca Quartet - Hot Market
2- Pawel Kaczmarczyk audiofeeling Trio - Something Personal
3- Italian West Side Big Band - Blue Tone
4- Ricardo Silveira Trio - Simbora
5- Art Hirahara - Central Line
6- Alex Tuomarila Trio - Kingdom
7- Orquestra Atlântica
8- Bill O’Connell - The Three of Us
9- Joey Alexander - Joey.Monk.Live!
10- Ubik Trio - Dirty Hands
11- Thomas Enhco - Someday My Prince Will Come


By Prof.Dr. Carlos Couto |UFC |FFOE |Lab. de Bromatologia

OS DEZ MELHORES CD’s QUE OUVI EM 2017:

- 01. BRINGN’ IT – Christian McBride Big Band - ★★★★★
- 02. Mr. Bossa Nova – Quarteto do Rio & Roberto Menescal
- 03. Kind Of Bill – Dado Moroni Trio
- 04. At This Time – Steve Kuhn Trio
- 05. Kuchiku – Francisco Vuolo Quartet
- 06. Com Alma - Banda Mantiqueira
- 07. Marseille – Ahmad Jamal & friends
- 08. Mano Que Zuera – João Bosco
- 09. Introducing – Mario Nappi Trio
- 10. P. Tchaikovsky In Jazz – Sergey Zhilin’s Trio
Impossível não incluir:
- 11. Ai Plays Donato – Ai Yazaki Trio & friends

★★★★★ Destaque para o BRINGN’ IT – Christian McBride Big Band - um dos melhores CD’s de jazz dos últimos tempos.


By Márcio Távora

O que ouví de melhor em 2017.
CDs:

01) AHMAD JAMAL (2017) - MARSEILLE
02) BILL EVANS (1968) – SOME OTHER TIME (THE LOST SESSION)
03) BILL EVANS (1968) – ANOTHER TIME (THE HILVERSUM CONCERT)
04) BILLY ECKSTINE (1979) – MOMENTO BRASILEIRO
05) DANILO REA (2014) – DOCTOR 3
06) FRANKIE LAINE & MICHEL LEGRAND (1958) – FOREIGN AFFAIR / REUNION IN RHYTHM
07) ORQUESTRA ATLÂNTICA (2014) – ORQUESTRA ATLÂNTICA
08) RICCARDO ARRIGHINI (2008) – PUCCINI JAZZ (RECONDITE ARMONIE)
09) STEFANO BOLLANI (2017) – MEDITERRANEO
10) TONY FOSTER (2016) – PROJECT PARADISO (MUSIC OF ENNIO MORRICONE AND HENRY MANCINI)

Sejam felizes ouvindo uma boa música.

Friday, December 29, 2017

WORLDJAZZ TOP 10 - 2017

Best Jazz 2017 by WORLDJAZZ

Jazz Record of 2017
- Bill EvansSome Other Time: The Lost Sessions From The Black Forest
Top 10(9) Jazz Records of 2017
- Bill Evans: Another Time-The Hilversum Concert
- Joshua Redman & Brad Mehldau: Nearness
- Ahmad Jamal: Marseille
- Bill Charlap Trio: Uptown Downtown
- Yamandu Costa: Mafuá
- Sari Kessler: Do Right
- Aaron Parks: Find The Way
- David Feldman: Horizonte 
- Enrico Pieranunzi: Proximity

Artiste du Jazz 2017
Bill Evans (in memoriam)

Tuesday, December 19, 2017

Kevin Mahogany ( 1958 - 2017 )




By Timothy Finn - tfinn@kcstar.com
DECEMBER 18, 2017 03:04 PM
UPDATED DECEMBER 18, 2017 10:31 PM


Jazz singer Kevin Mahogany, a Kansas City native who had recently moved back to town, has died. He was 59.
News of his death was reported Monday morning on social media, including his Facebook page. At 11:30 a.m, the American Jazz Museum issued this tweet: “We are deeply saddened to hear of the passing of our dear friend Kevin Mahogany. His broad baritone has been an essential piece of the jazz landscape in Kansas City and all across the world.” A cause of death was not reported.
“Kevin was one of the great musicians to come out of Kansas City,” said Bob McWilliams, director of folk and jazz at Kansas Public Radio and host of “Trail Mix” and “Jazz in the Night.”
“More than anyone, he carried on the Kansas City tradition in terms of jazz vocals. He had this wonderful baritone and ballad style, a lot like Johnny Hartman. And he was a great blues singer, and bebop singer and scat singer. So diverse.”
Mahogany’s discography comprises more than a dozen albums going back to 1993, including recordings on the Warner Bros. and Telarc labels.
He was also a jazz educator. He taught at the University of Miami and the Berklee College of Music in Boston.
Mahogany was a 1981 graduate of Baker University, where he received a degree in music and drama. He gained recognition outside his hometown for his role in the 1996 Robert Altman jazz film, “Kansas City.” Mahogany was also an accomplished instrumentalist on the baritone saxophone, clarinet and saxophone.
Mahogany moved back to Kansas City late this summer, following the unexpected death of his wife, Allene.
“He missed her,” McWilliams said. “He posted a couple of weeks ago that he’d finally cooked himself a meal, something he hadn’t done for about 30 years.”
Fans on social media expressed their sorrow.
Jazz organist Ken Lovern posted on his Facebook page: “So sad to hear about Kevin Mahogany’s passing. Some of my first jazz gigs at the Point and other Kansas City venues were with Kevin. He was always a pleasure to work with. … I spoke to him a few weeks back and he was excited to be moving back to Kansas City.”
Pat Tomek, drummer for the Rainmakers: “This is terrible news. “I knew him from his days as a doorman at Blayney’s. … but (I) never heard him sing until after he moved away. I missed out. He had a great national and international success. He was a big guy and a total sweetheart, always with a kind word to say.”
“If I had to come up with one adjective to describe Kevin,” McWilliams said, “it would be ‘kind.’ He was the kindest person ever.”
Mahogany had a lot of plans in store. He was scheduled to perform New Year’s Eve at the Musical Theater Heritage at Crown Center along with David Basse, Joe Cartwright and other Kansas City jazz musicians.
“He’d been working a lot and had a lot of gigs scheduled,” McWilliams said. Mahogany also had another recording in store.
“He checked in with me at the end of October about another project he wanted to work on,” McWilliams said. “He’d done an album that was a collection of classic soul songs called ‘Pride and Joy,’ and he wanted to do another like that. So we texted back and forth a few things about that. But that was the last direct communications I had with him.”
Mahogany was a musician of many influences. In a recent interview with the Napa Valley Register, Mahogany cited his earliest: “Listening to a lot of bebop — Eddie Jefferson- and Jon Hendricks-type stuff. I tend to lean toward a ballad singer like Johnny Hartman and also the blues with Joe Williams. He brought a different style to the same genre of music: the blues background to the jazz style of music.”
He also explained why he waited until college to focus on becoming a vocalist, for which he became most famous.
“I chose that direction because it allowed me to be more flexible in terms of different genres — jazz or R&B or rock or soul even,” he said. “I was able to do a variety of styles without any problem, vocally.”
Like many who knew Mahogany, McWilliams will remember him as a man who was as humble as he was talented.
“I met Kevin about 30 years ago,” he said. “It was at a jazz convention in New York. A young guy came up to me, very shy and respectful, and said ‘Mr. McWilliams’ — he was only a year or two younger than me — and he had a cassette for me. I think it was called ‘Mahogany.’ It was a lot of soul stuff, really good. After that, I got to know him better and within a few years, he really took off.
“This is especially painful because he thought moving back to Kansas City was going to be such a great thing for him.”

Monday, December 04, 2017

Mundell Lowe ( 1922-2017 )



By Doug Ramsey 12/3/17
Guitarist Mundell Lowe died today. He was 95. Lowe’s career began at 13 when he frequently went from his home in Laurel, Mississippi, to work at clubs in New Orleans’ French Quarter. After service in World War Two, he honed his bebop skills and became one of New York’s busiest guitarists. He worked with a cross-section of major musicians including the Sauter-Finegan Orchestra, pianist Billy Taylor, and his own quintet at The Embers and other clubs. He was in demand not only as a player, but after he moved to Los Angeles in the 1960s also as a composer for films and television series. For five years in the 1980s, he was music director of the Monterey Jazz Festival. Lowe remained active as a player well into his nineties.
One of his happiest occasional partnerships was with fellow guitarist Johnny Smith, another Southerner who was Lowe’s age and whose guitar style also developed under the influence of Charlie Christian. At a 1985 festival in Mobile, Alabama, Lowe and Smith collaborated on Christian’s “Seven Come Eleven.” Despite Lowe’s crediting the composition to Benny Goodman, Christian wrote it in 1940 when he was in Benny Goodman’s sextet and big band. Smith, on your right, has the first solo. The rhythm section is Hank Jones, piano; Monty Budwig, bass; and Alan Dawson, drums.